segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Preço de combustível faz TAM registrar prejuízo de R$ 112,7 mi no 3º trimestre

da Folha Online

O alto preço do combustível fez a companhia aérea TAM registrar no terceiro trimestre deste ano um prejuízo líquido de R$ 112,7 milhões, contra um lucro de R$ 48 milhões no mesmo período de 2007. A perda por ação no trimestre passado foi de R$ 0,75, contra um ganho de R$ 0,32 no terceiro trimestre de 2007. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira.
O resultado foi afetado principalmente pelo preço do combustível --que teve forte alta nos últimos 12 meses devido à disparada do preço do petróleo, tendência que perdurou até meados de agosto. O gasto com o item foi de R$ 1,104 bilhão no terceiro trimestre, uma alta de 68,2% sobre o mesmo período do ano passado.
A empresa tentou compensar esse aumento de custo com maior ocupação, maior número de assentos disponíveis e aumentos de preços, mas as medidas foram insuficientes. O yield (preço pago por cliente por quilômetro transportado) subiu 11,9%, para R$ 0,2888, e as taxas de ocupação subiram 0,3 ponto percentual nos vôos domésticos, para 67,6%, e em 8,6 pontos percentuais nos internacionais, para 79,6%.
A empresa segue líder dos mercados nacional e internacional de transporte aéreo de passageiros. No terceiro trimestre, a TAM teve participação média no mercado de 52,4% nos vôos nacionais e de 75,8% nos internacionais.
A receita líquida operacional da empresa no período ficou em R$ 2,896 bilhões, contra R$ 2,061 bilhões no terceiro trimestre do ano passado. O Ebitdar (índice em inglês que representa o resultado operacional antes de despesas financeiras líquidas, depreciação, amortização e arrendamentos) ficou em R$ 423,4 milhões, um aumento de 35% em relação ao mesmo trimestre um ano antes, R$ 312,9 milhões.
No ano passado, a TAM registrou um lucro líquido consolidado de R$ 128,896 milhões, queda de 78,93% na comparação com o lucro de 2006, que atingiu R$ 611,750 milhões.
Para este ano, a previsão da companhia, feita em março, era de alta de 8% a 12% na demanda no mercado doméstico. A expectativa é que a taxa de ocupação de suas aeronaves fique em cerca de 70%.
Postado por: Alessandro Souza

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