terça-feira, 28 de outubro de 2008

Motivação interna ou externa: em qual delas você baseia suas decisões?

Ninguém pode negar que ter uma conta bancária bem recheada traz muita tranquilidade. E é exatamente por este motivo que muitos profissionais acabam se rendendo a empregos que remuneram bem, mesmo que eles não dêem tanta satisfação.

"Infelizmente, devido às fortes pressões do mundo corporativo de hoje, é uma situação bastante comum", afirmou o consultor e diretor-executivo do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber. Neste caso, o que acontece é que a pessoa trabalha pela motivação externa. Por isso, ela se torna muito susceptível e se comporta de acordo com recompensas, que não são sustentáveis no longo prazo.

Porém, ninguém pode negar também que é extremamente prazeroso atuar na vida profissional com aquilo que tem vocação. Pois é, existe um outro tipo de motivação, que é a interna, a qual responde ao 'mundo das vontades'. "É a personalidade de cada um vibrando quando está alinhada com as tarefas que vai executar". Neste caso, um exemplo é quem escolhe um emprego que está alinhado aos traços vocacionais.

Conflito de motivações
Para Kelber, o que acontece é que existe um conflito entre as duas formas de motivações. De olho em um bom salário e benefícios (motivações externas), mas, ao mesmo tempo, na ascensão profissional (motivação interna), os profissionais acabam aceitando atividades pouco desafiadoras e, muitas vezes, sem relação com a vocação.

O papel do líder e da organização
De acordo com o consultor, soma-se a este cenário o próprio despreparo dos líderes em avaliar esse tipo de situação, que foge da simples avaliação das competências técnicas dos membros da equipe. O que se deve fazer, então, é alinhar as motivações internas dos profissionais a desafios.

"Nas organizações do século 21, o homem quer saber o porquê, para quê, para quem e com quem ele trabalha. Por isso, é necessário não só mudar pessoas, mas também caminhar para uma cultura organizacional que busca um entendimento integral dos fenômenos", disse Kelber.

Postado por Edson Melo

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Líderes autoritários, espécies em extinção

Sonia Jordão

Nos dias de hoje, se os resultados e metas não são atingidos como programados alguém acaba pagando caro por isso dentro das organizações. Mesmo sendo um profissional comprometido, empenhado, competente e com um currículo espetacular é preciso não só alcançar, mas também superar os objetivos esperados.

A pressão por resultados acaba levando muitos líderes a caírem numa armadilha: agem de forma explosiva com seus liderados e, nem assim, chegam às metas planejadas.

Alguns gestores simplesmente não aceitam erros dos membros de sua equipe, principalmente se a falha prejudicar outras pessoas ou os resultados almejados. Os acertos anteriores do profissional deixam, então, de serem importantes. Em momentos críticos ou de pressão o executivo acaba explodindo e tratando o colaborador de maneira deselegante, quase grosseira.

Algumas atitudes do líder explosivo estão tão enraizadas à sua personalidade que ele as toma de forma automática, sem perceber. Quando chama a atenção de algum colaborador, ele aponta tantos argumentos que deixa o interlocutor arrasado. Mesmo não aumentando o tom de voz, o líder consegue desmotivar a pessoa apenas com determinadas atitudes.

Nos momentos de fúria, até problemas de saúde podem surgir. Foi o que descobriram pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA: pessoas que se irritam intensamente e com freqüência têm três vezes mais probabilidade de sofrer um infarto do que aquelas que encaram as adversidades com serenidade. E não é só isso! Em alguns casos, as atitudes explosivas podem levar o alvo da agressão a até ajuizar ação na Justiça.

Na maioria das vezes é nosso temperamento que nos faz agir de determinada forma ao enfrentarmos uma situação delicada. Como cada temperamento possui aspectos positivos e negativos, não existe um que possa ser considerado superior ou inferior em relação aos demais. O que há é um comportamento mais adequado para determinada situação.

É possível amenizar um comportamento agressivo. E, ainda, é possível um líder deixar de ser autoritário, sem, com isso, perder a autoridade. Para tanto:
Tenha consciência da necessidade de mudar suas atitudes.
Perceba que está agindo de forma errônea.
Busque motivos para querer mudar e vigiar seus pensamentos.
Conheça seus pontos fortes e potencialize-os.
Encontre pessoas, na sua equipe, com características opostas às suas e que possam complementar seus pontos fracos.
Perceba que uma derrota só o torna mental e espiritualmente mais forte.
Perdoe-se pelos fracassos e erros que cometeu no passado.
Aprenda a controlar e gerenciar suas emoções e as dos outros.

Mas, acima de tudo, lembre-se:


O bom líder é aquele que procura mostrar as razões pelas quais algumas tarefas precisam ser realizadas.
Na busca por um profissional melhor é preciso, antes, se tornar uma pessoa melhor.
Os colaboradores precisam ser tratados com respeito independentemente de terem ou não razão.
É possível conseguir resultados positivos sem impor sua vontade.
É sua atitude como profissional que determinará sua permanência ou não em determinada empresa.

Postado por Edson Melo